sexta-feira, 14 de agosto de 2009


Levantam as folhas outono
invernos na pele descida

cometem os homens covarde
maiores medos na fúria contra os vencidos.

Na dor dos humildes
uma estação adiante suas chuvas,
ao igual que o experimentado alça
muros de rancor onde o amor não consegue

não consegue, não !

e é úmido o paladar
na lama fresca da avenida

como tórrida a mulher
que vende suores nas camas rendidas
ao vapor do nosso corpo.

Ao tempo que quantos em quartos também se alçam
os homens atraso, afeitos ao descuido,
com oportunidades que evocam voar de pássaros fogo artifício

alguma vez renunciam
e chamam-se gozosos

outras não!
Não conseguem, não.

Porque possível a lua nem sempre
agora que a soma duma aurora provoca delírio
na voz que procura distancia

E mesmo assim não se consegue,
não se consegue não
mudar de rumo um ultimo dia.

segunda-feira, 18 de maio de 2009


Que mais da porque motivo tua vida fosse alterada: por que era o mais fraco da sua escola, porque alguém de outro planeta alumiou controlar tua mente, porque os espíritos tristes da noite se apoderam de teu corpo. Que mais dá. O caso é que estas fodido, fodido e para sempre vazio.
do relato O Louco
de Artur Alonso.
Galiza.
No prazer dos dias e das noites
procurei teu corpo

no perdido recanto da memória
achava tua sombra vigorosa

Ficava admirado a cada instante
que eles teu nome nunca adivinhassem

em cada fragrância,
em cada aroma estendido
como palma duma mão
que em milhares de rosas progredi-se

do Poema "Intuito", de Artur Alonso. Poeta Galego.